Terça-feira foi dia de amigo secreto entre os colegas "do serviço". Nunca fui muito de amigo secreto. Me lembrava uma fase ruim da infância. Sem muito dinheiro, o presente de amigo secreto - quando eu participava do amigo secreto - era sempre algo que eu não queria dar de presente. Era o que o dinheiro dava para dar de presente. Com o tempo acabei deixando esse "regalo" de fim de ano de lado. E as lembranças ficaram guardadas com ele. Este ano um sapatinho de papai Noel recheado de nominhos misteriosos apareceu na minha frente. Foi um ato quase sem pensar. Sorteei minha sorte de participar desse misterioso evento.
Tivemos pouco tempo para descobrir os desejos secretos do amigo misterioso. Decidi optar pela intuição. Afinal, queria deixar minha secreta amiga bem feliz. Não percebi e quando vi deixei para comprar o presente na última hora. Mas foi bem escolhido.
Banho tomado, roupa limpa... Barba aparada, sacola nas mãos. Estava pronto para o evento. Muito barulho. Muita gente. E a euforia de descobrir os segredos dos secretos amigos. Um a um eles foram se revelando. Entre gritos e papéis de presente eles iam se revelando. E um pouco dos seus mistérios também. Minha vez chegou... Revelei e como sempre fui revelado. Fui amigo, mas me mantive secreto. Muito barulho para revelar todos os mistérios daquela noite.
Fui surpreendido por um presente especialmente preparado para mim. Daquele que só os criativos conseguem elaborar. Um mimo delicioso.
Voltei pra casa com uma caixa de presente contendo doze latinhas de Bohemia e um CD da Ná Ozzetti. As latinhas estão na geladeira. O Cd não sai do aparelho de som... E meus segredos se acalmaram depois do amigo secreto deste 2009.
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