Uma vida e...s...p...a...l...h...a...d...a...
Pertences e...s...p...a...l...h...a...d...o...s...
Nesse momento as coisas que construí estão e...s...p...a...r...r...a...m...a...d...a...s pela Paulicéia.
Velhos móveis na Heitor Penteado.
Velhas recordações na Plínio Barreto.
Móveis à espera de um destino no subsolo do prédio.
Móveis à espera de um morador na Maceió com a Consolação.
Cama, geladeira e fogão no litoral.
Lembro de um Cd que deixei na Teodoro. Saudades daquelas músicas.
Nunca mais voltei para buscá-las.
Uma pasta... uma portaria... Frei Caneca.
A espera de novidades num antigo e ligeiro endereço. Lembro dos sons da Augusta na janela do quarto. O relógio do Banco Itaú na estação Consolação...
Chegar em casa...
Minha vida nunca esteve tão e...s...p...a...r...r...a...m...a...d...a... por essa cidade. Situação comum em mudanças.
Incomum é esse sentimento de ser p...u...l...v...e...r...i...z...a...d...o...
Eaangústiaeodesesperodetentarreunirtudonovamente.
As
peças
perderam
o
sentido.
P
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o encaixe.
Precisam de nova liga.
Nova lida.
De repente a desorganização. A necessidade da limpeza. E a frieza do recomeço.
De repente a incapacidade.
A infelicidade.
A insegurança nessa cidade bandida.
O medo de que me levem o pouco que restou de tudo que construí.
Saudades do carro antigo. Do mundo antigo. Das leis antigas.
Das minhas antigas regras de convivência.
Fáceis regras de convivência. Da certeza de que o caminho era esse mesmo. Da pizza de mussarela na geladeira. Coca cola sem culpa. Pipoca de microondas...
Música... Filmes... E a paz...
Para onde voltar?
Ocuparam meu espaço na Heitor Penteado.
Desocupamos a Plínio Barreto.
Esquecemos por instantes a Frei Caneca.
Eu e o medo mudamos para a Maceió com a Consolação. Estamos nos estranhando. Relutando um com o outro. O medo do primeiro banho. A primeira noite. Os sons que invadem o apartamento...
Velho... Como me sinto nesse momento.
Velho... Sentado num canto da sala colando pedaços.
Refazendo peças.
Reescrevendo detalhes.
Juntando os pedaços p...u...l...v...e...r...i...z...a...d...o...s...
Em busca de uma noite tranqüila...
Inteira.
3 comentários:
Nossa.
Que texto de intensidade. De desespero. E angústia.
Mas, também, um texto de amadurecimento. Crescimento.
Se precisar de uma ajuda para juntar os cacos, montar o quebra-cabeças, é só gritar.
E prometo: não vou esquecer de levar a SuperBonder.
Abraço.
Ai Bob...que texto é esse...mudança de novo?...vou te ligar...beijo grande...meu abraço está sempre por perto pra você! Te amo!
P...r...o...f...u...n...d...o!
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