26 maio 2009

Teoria da pessoa limpinha...

Com essa trilha sonora o texto fica melhor.
Aumente o volume e vá em frente.
Com vocês: A teoria da pessoa limpinha.
De: Osmar Junior ao som de Jewel.



Você já conheceu uma pessoa limpinha?
Não falo da higiene pessoal. De roupas bacanas ou cabelos molhados. Cheiro de sabonete e loção hidratante.
Uma pessoa limpinha que tenha a alma limpinha...
Lembro-me de pouquíssimos amigos assim.
Não adianta passar horas no banho, usar todos aqueles produtos de beleza. A alma ou é limpa... Ou não é.
Isso não significa que as outras pessoas não sejam interessantes. São, e muito. A diferença é que elas possuem pecado. Coisas que nos tornam mais humanos e menos entidade. Uma pessoa limpinha, mesmo pecaminosa por natureza, tem a alma limpa. E isso a torna uma espécie de entidade. E sempre vão ser assim.
Isso não tem nada a ver com bondade, beleza interior, senso de humor, humildade. A existência ou ausência dessas qualidades não torna ninguém mais limpo ou sujo. É por isso que nós, almas tortuosas, queremos tanto ficar próximos das pessoas donas de almas limpinhas.
Como se alma limpa fosse contagioso.
Passasse pelo contato ou contagiasse pela convivência.
Um espirro... e levamos um banho de alma. Não.
Poucos nasceram de alma limpa.
Almas limpinhas são raridade nesse mundo de meu Deus. São seres humanos comuns. Cheios de defeitos e com algumas qualidades. Mas eles são diferentes se olhados de perto. Mais detalhadamente. São quase puros, esses seres de alma limpa.
Não são de alma branca ou negra. São limpos. Sem cheiro, ou cheiro bom. É como uma folha que nunca amassa. Como as havaianas: não deforma, não tem cheiro e não solta as tiras. Na maioria das vezes, pessoas de alma limpinha não sabem que são assim. E não conseguem entender o que seja uma alma higienizada. Eles simplesmente são e pronto. É como uma parede a espera de pintura. Para sempre. E isso chama a atenção da gente. Paredes já tomadas por tantas cores, tantas camadas de tinta.
Rachaduras, descascados.
Isso não nos torna melhores ou piores, mais interessantes ou menos interessantes. Não é um delimitador de espaço, ou território. Ninguém é ‘mais bom’ ou ‘menos bom’. Só é limpinho.
É fato: as pessoas limpinhas existem. E estão espalhadas pelo planeta.
Você já conheceu uma pessoa de alma limpinha?

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