31 outubro 2008

Começar do ZERO

Discordo das pessoas que dizem que sempre recomeçam do ZERO. Isso é impossível. O caminho que percorremos nos modifica. Portanto, somos diferentes de quando começamos. Então não recomeçamos do ZERO. Estamos em outro estágio. Um recomeço de onde paramos. Sem deixar nada para trás. Chega de fazer de conta que as coisas desaparecem. Elas estão ao nosso lado... SEMPRE!!!! Desde que começamos do ZERO. Lembra??????

30 outubro 2008

Atmosphere

Hoje vim trabalhar com uma camiseta que comprei na Galeria do Rock. Uma homenagem a banda Joy Division . Influência de um antigo amigo que ficou até hoje. E hoje acho que uma música diz muito... Dá uma olhada só...




Walk in silence,
Don't walk away, in silence.
See the danger,
Always danger,
Endless talking,
Life rebuilding,
Don't walk away.

Walk in silence,
Don't turn away, in silence.
Your confusion,
My illusion,
Worn like a mask of self-hate,
Confronts and then dies.
Don't walk away.

People like you find it easy,
Naked to see,
Walking on air.
Hunting by the rivers,
Through the streets,
Every corner abandoned too soon,
Set down with due care.
Don't walk away in silence,
Don't walk away.

Acho que isso!!!!!!!

28 outubro 2008

Esse vale a pena...

Adorei este texto escrito pela Denise Silveira. Vale muito a pena conhecer mais um fragmento dessa paulicéia...
Ah, ela é minha coleguinha de trabalho...
Depois posto mais sobre ela.
Vai lá logo!!!!!!!

Chorando as pitangas...


Era um dia como todos os outros.
Mais um dia de trabalho.
Mais um dia de correria.
Mais um dia de poluição.
Mais barulho.
Como sempre caminhava em direção ao metrô.
Sem vontade de caminhar em direção ao metrô.
Olhos atentos aos meus passos. Corpo curvado como se arrastasse pela avenida.
A sacola à tira colo pesando uma tonelada.
Não queria ter que começar o dia, nem tampouco que ele se estendesse até à noite. Só queria um tempinho a mais.
Na cama,
no banho,
em casa...
De repente... um cheiro familiar chamou a minha atenção. Não sabia ao certo de onde vinha. Mas era tão doce... Tão familiar. Imediatamente comecei a procurar de onde vinha aquela lembrança olfativa. Foi quando olhei para o chão.
Lá estavam... os meus pés e as pitangas.

Caídas e esmagadas na calçada...
Aquele pedaço cheirava pitangas.
Cheirava a minha infância na casa dos meus avós.
Olhei para cima e lá estava ele. O pé de pitangas. Bem maior e mais imponente do que o que existia na casa da Vô Tunieta e do seu Zé Cândido.
Como pode? Passo naquele lugar há tanto tempo. E nunca tinha reparado que ali existia um... pé de pitangas.
Tentei localizar alguma que estivesse no ponto.
Várias pitangas brilhavam nos galhos mais altos. Fiquei parado por alguns minutos salivando. Enquanto minha cabeça transbordava de boas recordações. O quintal enorme da casa da vovó. Domingo à tarde, depois de ver o Silvio Santos íamos ‘catar’ pitangas. Bem lavadas.
Geladinhas.
Uma delícia.
Tive vontade de ‘trepar’ no galho mais alto em busca da mais saborosa.
Tão saborosa quanto às lembranças da infância.
Mas só consegui ficar com cheiro daquele dia.
Não alcancei nenhuma pitanga.
Mas hoje, é gostoso passar por ali.
É como passar na casa da vovó antes de ir ao trabalho.

Alguém sabe onde posso comprar pitangas?

22 outubro 2008

Pobre de quem é pobre...

Em menos de três horas...
Isso mesmo... em menos de três horas um funcionário da TIM me ligou para resolver o meu problema. Assim que eles receberam o e-mail que enviei para a assessoria de imprensa.
Em menos de três horas...
O consultor disse que os motivos alegados por mim não estavam corretos e insistiu em dizer que eu deveria ter ligado cancelando o chip.
(Eu estava na loja da TIM cancelando o chip e comprando outro aparelho! Lembram disso!?)). E em seguida me premiou: Como o senhor é um ótimo cliente e nunca passou por esse tipo de situação conosco, vamos considerar o seu pedido. Estamos fazendo isso por que o senhor é um bom cliente e nunca nos deu trabalho.
E me passou o código de barras com o novo valor de pagamento.
No Brasil dos pobres: duas semanas de negociação e nada.
No Brasil dos podres: um e-mail e três horas depois a liberação.

Pobre de quem é pobre... Não pode com os podres...

Vencido pelo cansaço...

Passei na loja da TIM hoje e o gerente não deixou nada lá pra mim. Fiquei p. da vida. Como consumidor no Brasil é desamparado nessas horas??!!!!
Cheguei na TV e liguei para o gerente. Aí veio a surpresa: ele disse estava fazendo uma gentileza para mim. Nada mais além disso. Gentileza? Que responsabilidade é essa? Fui almoçar, mas não consegui engolir essa história toda. Cheguei na redação e liguei mais uma vez para o call center. Sabia que não iria resolver nada, mas queria abrir mais um protocolo. Gostei dessa história. Liga lá, conversa horas com uma pessoa e depois vem o número do seu protocolo. Estou fazendo uma coleção deles. Acho que vou até jogar na loteria.
Sem saber o que fazer, me convenceram a ligar para a assessoria. O assessor me pediu para mandar um e-mail contando a história. Na hora pensei em colar o meu desabafo que postei aqui no blog, mas a Denise (minha companheira de mesa) achou melhor ser mais formal nesse momento. Reescrevi o e-mail. E decidi postá-lo aqui.

Oi Ivan,
conforme combinado segue a minha história de consumidor.

No dia 17/07/08 tive o meu telefone celular roubado. Foi roubado no estacionamento aqui em frente à Record. Só descobri no fim do dia quando retornei para pegar o carro. Imediatamente avisei a dona do estacionamento e fui até a loja da TIM mais próxima à minha casa. A do Shopping Frei Caneca, na Consolação. Comprei outro celular... Outro chip... E pedi para o vendedor que tentasse manter o mesmo número da minha antiga linha. Graças à tecnologia, em menos de uma hora, estava tudo resolvido.

Dois meses depois recebi a fatura com 28 ligações para a Bahia. O ladrão ligou para toda a família. Ao todo 130 reais. Todas feitas no mesmo dia do roubo. Liguei para o call center da TIM para contestar a conta. E aí começou o meu dilema. Depois de algumas tentativas descobri que o vendedor não bloqueou o meu chip. Apenas cancelou o chip roubado e cadastrou o meu número num chip virgem. Como essa alteração não consta no meu histórico, o sistema da TIM não pode fazer nada. Segundo a consultora, ficaria parecendo fraude contra o sistema.

No call center me mandaram para a loja. Mas o gerente da loja me informou que não pode fazer nada por mim. Aliás, ele disse que poderia me passar cópias dos documentos que comprovem a minha compra naquele dia. E também a mudança de chip. Fiquei de passar lá amanhã cedo para pegar os documentos.

Voltei a ligar no call center da TIM novamente. Desta vez foi mais por questão de desabafo. Minha conta vence no dia vinte e cinco. Achei melhor não pagar a conta até que tudo esteja resolvido. Liguei para registrar uma reclamação pelo atendimento que tive na loja e pela demora em me darem uma solução. Coisas de consumidor.

Estes são os protocolos abertos durante a minha negociação com a TIM:
2008450524731
2008447707226
2008447684985
2008447678510
2008447397913
Mais uma vez peço desculpas pelo transtorno. Sinceramente relutei em entrar em contato com vocês da assessoria e levei a negociação á diante por duas semanas. Sou daqueles que prefere acreditar que o sistema funciona. Mas estou sem alternativa. Me sinto parado no meio do caminho com um telefone na mão... E nada mais.
Desculpe. É desabafo.
O que interessa está nos parágrafos acima.

Obrigado!!!!!!!

21 outubro 2008

UM DIA... MAIS UM DIA... MENOS UM DIA.

Ainda não consegui resolver o problema com o celular.
Amanhã tenho que ir à loja pra conversar com o gerente.
Preciso pagar a conta de celular.
Mas antes preciso resolver o problema da conta.
Tenho dois dias pra fazer isso.
Preciso resolver um problema do contrato social da empresa.
Tenho dois dias pra fazer isso antes de emitir a próxima nota.
Tenho que ligar para o contador.
Meu carro começou a fazer barulhos estranhos hoje.
Estou com medo de ficar na mão por causa de problemas no carro.
Tenho que levar o carro para revisão.
Tenho que mandar lavar o carro. Está imundo.
Amanhã vence a prestação do carro.
Depois de amanhã mais contas pra pagar...
A casa está suja.
Preciso lavar louça...
Roupa...
Preparar algo para comer.
Preciso comprar ‘algo’ para comer.
Estou com sono.
Estou gordo.
Preciso de uma calça nova.
Minhas camisetas estão velhas.
A máquina de lavar está acabando com as minhas camisetas.
Minha meia branca está manchada.

“Estou cansado de ser gente grande.”

16 outubro 2008

A origem de tudo...

Quer saber quem é o verdadeiro Zorg?



E aproveite para ver este também e descobrir porque "O Quinto Elemento" marcou tanto:

15 outubro 2008

T.I.M. (Telefonia Incrivelmente de M...)

Vou contar essa história pela milésima vez:
Há dois dias (tudo começou no dia 14/10) ligo insistentemente para o serviço de atendimento aos clientes da Telefonia Incrivelmente de M.., conhecida como TIM. Caso você não saiba:
‘Para Clientes Incrivelmente de M... basta ligar do seu aparelho para o número: *144’.
Existe um 0800, mas prefiro me ater a minha experiência no *144. Não preciso dizer que foram horas perdidas até conseguir a atenção completa de um dos atendentes. Nessa minha saga passei por centrais de atendimento em várias partes do país.
Viva a globalização!!!!
Fui atendido por gentis desconhecidos e desinformados do Sul, Sudeste, Nordeste e Centro Oeste. A última funcionária era dona de um sotaque tão mineiro que me deu saudade de casa. Da terrinha. Do meu Goiás.
Mas estava há horas esperando por uma solução.
Pasmem!!!!
Em dois dias e horas de tentativas conversei com 11 atendentes.
Para todos repeti a mesma história:

- Olá boa tarde, bom dia, boa noite.

No dia 17/07 tive o meu telefone celular roubado.
(Não se preocupem foi roubado no estacionamento onde deixei o carro.)
Como um cidadão exemplar, fiz o boletim de ocorrência e me dirigi até a loja mais próxima da TIM.
Comprei outro celular...
Outro chip...
E pedi para o vendedor que tentasse manter o mesmo número da minha antiga linha. Como num passe de mágica, e graças à tecnologia, em menos de uma hora, estava tudo resolvido. Empolgado com o meu novo aparelho e para esquecer a chateação do assalto ainda comprei acessórios para o celular. Chip de memória, cabos para conexão no computador... Essas maravilhas da vida moderna.

- Você está me ouvindo?

- Sim, senhor. Estou anotando no seu protocolo de atendimento.

Dois meses depois recebi a fatura com 28 ligações para a Bahia. O ladrão ligou para toda a família. Ao todo 130 reais.
Portanto, caro atendente, estou ligando para contestar a conta. Acho, ou melhor, tenho a petulância de achar que não sou obrigado a pagar pelo desvio de conduta dos outros, nem pela miséria dessa sociedade de M...

- Sim... tudo bem. Eu aguardo mais um pouco.

Fui direcionado para a loja da conceituada empresa de telefonia para resolver o que decidiram chamar de falha no sistema – da loja.
Falha humana, mesmo.
Me venderam tudo o que eles tinham e esqueceram do principal:
registrar o roubo no sistema.
Portanto, não podem cancelar ligações que teoricamente foram feitas por mim.

- Mas senhor, calma. Tente entender. Se não há o registro no sistema não podemos fazer nada.
- Se eu fizer alguma coisa o sistema vai entender que estou fraudando o sistema.

Ela tinha razão.
Eu queria fraudar o sistema em 130 reais.

- Só mais um minuto, por favor, enquanto consulto o sistema.

O que ninguém percebeu é que o sistema deletou um crime. Se não foi registrado no sistema, não existiu. Eu não tive o meu celular roubado. Eu fiz as ligações para os parentes na Bahia.
Será?
O sistema pode ter razão.
Não!!!!!! O sistema tem razão...

- Senhor, desculpe da demora. Realmente fizemos uma análise no sistema e ele não reconhece a sua reclamação. Mais alguma dúvida?

Se eu tinha mais alguma dúvida?
Não acreditei quando ouvi isso.
Eu não tinha dúvida alguma. A partir daquele momento, eu tinha uma certeza:

ESTAVA LIGANDO PARA UMA CENTRAL DE ATENDIMENTO DE M...
DE UMA OPERADORA DE M...
SENTADO NUMA CADEIRA DURA DE M...
NUM PAÍS DE M...

11 outubro 2008

Astros miopes...

As fotos são grandes mesmo...
Uma estrela precisa de fotos grandes...
A maioria das estrelas é miope...
Tem uma dificuldade de ver quem realmente são...

Eu sou uma estrela... Agora eu sou uma estrela...



No fundo... No fundo eu sempre achei que eu era uma estrela...
Ou que pelo menos tinha tudo para ser uma estrela...
Tinha todas as neuras que uma estrela tem.
Manias de estrela.
Relógio biológico de uma estrela.
Apetite de estrela.
Criatividade de estrela.
Mas achava que não era uma estrela.
Achava que era apagadinho que só vendo.
Hoje eu sou uma estrela. Agora eu sou uma estrela...



Em casa...


Tomando um vinho...


Queijos...


Chico César.
E a mente fervilhando de pensamentos.
O coração repleto de sentimentos.

De diferentes tipos. Tamanhos, cores e odores.
Tenho todos dentro de mim hoje.
Alguns estão em festa.
Outros meio ressentidos com a vida.
Outros querendo ir à forra.
E outros pedindo um pouco mais de vinho.
Quer mais estrela do que isso? Ou será esquizofrenia?
Mas que estrela não é esquizofrênica?
Hoje eu sou uma estrela. E o melhor... O brilho é tão próprio. Tão de dentro.
Lembra quando a gente queria que a vida da gente tivesse a cara da gente. É isso. Descobri uma vida nova... Uma cara nova. Estranha... desgranhenta, mas tão rica...
Outro dia me enfiei debaixo de uma prateleira... Em busca de vinis antigos... Sentei-me no chão... Revirei a poeira e salvei as delícias da Bossa Nova... Limpei o rosto empoeirado da Elza Soares. A jovem Elza Soares...
Estava ali no cantinho da loja... Sentado no cão... Revirando o que de mais antigo havia por ali...
Eu era uma estrela... Agora eu sou uma estrela.
Achei Elis... E descobri que eu era uma estrela... Pobre...
Pobre estrela. Sessenta reais por uma de suas gravações. Ela era uma estrela. Um bolachão por sessenta reais. E eu ali no chão...
Mas ao lado dos vinis ‘a um real’ voltei a me sentir uma estrela...


Poderia comprar dez de uma vez... Xuxa... Djavan... Trem da Alegria... Simoni...



Achei melhor comprar só a Rita Lee... e o Charles Asnavour.

Isso é ser uma estrela. Saber o melhor momento para agir.
Literalmente limpar a poeira da bunda e sair de fininho...
Mas carregar os meus vinis pela Paulista me fez sentir uma estrela novamente. Assim como estou hoje. Como uma estrela, tenho hora marcada para terminar a minha noite. Assim que terminar de ouvir os dois vinis adquiridos na Augusta...
Me renderei aos CDs.
Acho que sim...
Mais um gole de vinho.
Antes da despedida.

03 outubro 2008

NÃO QUERO COMENTÁRIOS...

Só isso.
Sem comentários.

O mundo de bob caiu...

É noite... Acabei de chegar em casa... Não quero pensar nas palavras... Tampouco se alguém vai acompanhar essa miséria humana... Por isso escrevi aqui... É o limbo. O nada. Onde a gente acha que vai e não vai... Onde a gente acha que acontece e não acontece. Acabei de voltar da balada - quinta-feira - e voltei da balada. Meu amigo levou uma porrada na cara. E todos foram embora da festa. Ele ficou. Com a porrada escorrendo pela cara. E nós pagamos a conta dele. Miséria. Miséria é ver as pessoas batendo em retirada. Eu... Eu não tenho nada a ver com isso. Ele pediu. Eles pediram. Eu estava na platéia. E mereci uma porrada por isso. Porque estava na plateia. Mais uma vez... Apenas assistindo. E depois chorando no chuveiro. Pelo soco que eu levei. Não o da balada. Mas aquele que vem logo em seguida. A turma toda está lidando com a porrada. Cada um a seu modo. Cada um com seus fantasmas. Esse soco também dói em mim. Queria dizer que estou aqui chorando por causa dele. E não entendo porque isso foi necessário. Mentiras. Mentiras. Não adianta. Pet Shop Boys, Erasure, depeche mode... porrada. Pancada. Chega de interpretações. Nessa hora não consigo dizer quem está mais feliz... Quem ultrapassou a linha da porrada... ou a platéia. Show de horrores. Parabéns. A lucidez está próxima. Vou voltar para a platéia. Inerte. Antes que leve uma porrada por comentar o que não deveria ser comentado. Silêncio... Boa noite...